Meu interesse pelos livros começou assim que aprendi a ler. Minha mãe,
para estimular comprou uma coleção de livros com vários contos de fadas. Li e
reli tantas vezes aqueles livros que nem saberia dizer o quanto. Em pouco tempo
eu já sabia todas as histórias e isso passou a me incomodar, como, naquela
época, não dava para minha mãe comprar livros novos sempre, começamos a criar
histórias oralmente, usando as mesmas personagens, os mesmos elementos, mas em
situações diferentes. É o que eu vejo hoje em contos que viraram filmes, como
Deu a louca na Chapeuzinho, Cinderela, etc. Quando li o depoimento do escritor Moacyr
Scliar dizendo "Todos os dias eu sento e escrevo, mas nunca
com o mesmo número de horas. Muita coisa eu jogo fora, pois acho que a cesta de
lixo é a grande amiga do escritor.”, lembrei-me desse exercício que fazia
com minha mãe. Embora fosse oralmente, por vezes começávamos uma história num
dia e no outro já não gostava mais, então "jogávamos fora" e começávamos tudo de
novo. Esse estímulo familiar foi fundamental para minha bagagem, seja na
leitura, seja na escrita.
Abraços,
Daniele P. Mazzini
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