segunda-feira, 17 de junho de 2013
OLHAR
DIFERENTE
Enquanto educadores
buscamos a qualidade de nossas aulas sempre lendo, aperfeiçoando através de
cursos, pesquisando, preparando nossas MEGA aulas, além de querer bem aos nossos
alunos. Respiramos fundo e entramos em sala de aula achando que vamos “ARRASAR”.
E, quando não acontece o que esperamos, ficamos até depressivos. Buscamos a compreensão
até nos valorosos pensadores que não são da área da educação. Vamos
tão longe... sedo que a resposta está na nossa frente: precisamos ter um olhar
diferente para o nosso aluno, ler o nosso aluno, ouvir o nosso aluno para
que possamos entendê-lo e aí sim conseguiremos atingir o nosso objetivo. O
aluno fará sentido, assim como nós e a matéria faremos sentidos na vida dele. Assisti este vídeo de
Gabriel Perissé (5min.), gostei e espero que vocês gostem.
domingo, 16 de junho de 2013
APRENDIZAGEM
Lição de
casa: um dever para todo dia
A tarefa de casa é uma atividade
importante para a formação dos estudantes - e deve ser incentivada por pais e
professores
Qual a importância da lição de
casa? Quanto tempo o aluno deve se dedicar aos estudos fora da
sala de aula? É mesmo fundamental haver lição de casa todos os dias? Como os pais devem
ajudar nas tarefas? O que fazer quando o
estudante tem dificuldade para fazer os exercícios propostos pelos professores?
Essas são algumas dúvidas que
atormentam tanto os estudantes quanto seus pais no dia a dia da escola. Lição
de casa é um assunto sempre controverso, pois escolas diferentes seguem
procedimentos distintos. O importante é que tanto alunos quanto pais saibam que
a rotina de estudos não acaba na porta
da escola, após quatro ou cinco horas diárias de aula. Em casa, o estudo deve
continuar, sob a forma da lição de casa - também chamado de dever de casa ou
tarefa de casa.
"As funções da lição de casa são sistematizar o
aprendizado da sala de aula, preparar para novos conteúdos e aprofundar os
conhecimentos", explica Luciana Fevorini, coordenadora de ensino
fundamental II do Colégio Equipe, em São Paulo. "Analisando os exercícios
que os alunos resolvem sozinhos em casa, o professor pode descobrir quais são
as dúvidas de cada um e trabalhar novamente os pontos em que eles apresentam
mais dificuldades."
"O grande desafio do professor é fazer com que o aluno consiga atribuir significado à lição de casa", diz Eliane Palermo Romano, coordenadora pedagógica da Escola Comunitária de Campinas. "O aluno precisa perceber a função das tarefas para que compreenda sua importância", reitera Cleuza Vilas Boas Bourgogne, diretora pedagógica da Escola Móbile, de São Paulo.
"O grande desafio do professor é fazer com que o aluno consiga atribuir significado à lição de casa", diz Eliane Palermo Romano, coordenadora pedagógica da Escola Comunitária de Campinas. "O aluno precisa perceber a função das tarefas para que compreenda sua importância", reitera Cleuza Vilas Boas Bourgogne, diretora pedagógica da Escola Móbile, de São Paulo.
Marina Azaredo
Fonte: educarparacrescer.abril.com.br
Boa tarde pessoal,
Quem tiver interesse, segue a sequência didática da crônica "Recado ao senhor 903" de Rubem Braga.
Um ótimo trabalho a todos!
Quem tiver interesse, segue a sequência didática da crônica "Recado ao senhor 903" de Rubem Braga.
Um ótimo trabalho a todos!
Contextualizando a vida em
sociedade
¢ Você
mora em casa ou apartamento?
¢ Como
é o relacionamento com os vizinhos?
¢ Existem
regras para o relacionamento entre os vizinhos, mesmo que não sejam escritas?
Localizando informações
O narrador do texto é morador de
um prédio. Ele se dirige a outro morador em forma de carta. Qual o motivo dessa
carta?
Inferências Locais e Globais
Ao listar seus vizinhos de
apartamento, o narrador cita o Oceano Atlântico como seu limite ao Sul. Esse
elemento destoa do universo dos apartamentos. Por que ele cita o Oceano? Que
comparação ele faz de si mesmo com Oceano?
Contexto de produção
¢ A
crônica aborda temas do cotidiano. Em que momentos do texto percebemos isso?
¢ Embora
seja uma crônica, a estrutura do texto lembra outro gênero. Qual?
Intertextualidade e
Interdiscursividade
Ao explicar as obrigações do
vizinho, ele cita uma série de números. O que significam os números 783, 109,
527 e 305? Como você chegou a essa conclusão?
Boa tarde pessoal,
Participar do curso Melhor Gestão Melhor Ensino tem trazido a nós,educadores, a oportunidade de partilhar experiências e aprender sempre mais. Um bom exemplo disso são as sequências didáticas postadas em nossos blogs. Os grupos prepararam sequências didáticas fantásticas. Já tive a oportunidade de trabalhar a sequência didática feita pelo meu grupo, baseada na crônica "Recado ao Senhor 903", de Rubem Braga, com alunos do primeiro ano do ensino médio. O resultado foi muito positivo, visto que o assunto é muito contemporâneo, muitas salas lembraram do triste caso recente de um senhor (de um bairro de alto padrão em São Paulo) que matou um casal de vizinhos por causa do barulho e se matou em seguida. Segue o texto abaixo:
Participar do curso Melhor Gestão Melhor Ensino tem trazido a nós,educadores, a oportunidade de partilhar experiências e aprender sempre mais. Um bom exemplo disso são as sequências didáticas postadas em nossos blogs. Os grupos prepararam sequências didáticas fantásticas. Já tive a oportunidade de trabalhar a sequência didática feita pelo meu grupo, baseada na crônica "Recado ao Senhor 903", de Rubem Braga, com alunos do primeiro ano do ensino médio. O resultado foi muito positivo, visto que o assunto é muito contemporâneo, muitas salas lembraram do triste caso recente de um senhor (de um bairro de alto padrão em São Paulo) que matou um casal de vizinhos por causa do barulho e se matou em seguida. Segue o texto abaixo:
Recado ao senhor 903
Vizinho –
Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor teria ainda ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão, ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser
tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio. Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou.” E o outro respondesse: “Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela”. E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
(Rubem Braga)
sexta-feira, 14 de junho de 2013
TECNOLOGIA X EDUCADOR
Vivemos na era da tecnologia, terceiro milênio a internet é o meio de nos comunicarmos com o mundo e
interagir com as mais diversas pessoas e culturas. A era do imediatismo. É
natural que os nossos jovens se interessem menos pela leitura.
O computador ocupou o
lugar do livro: o tempo de estar sentado debaixo de uma árvore, no sofá com
cobertor e uma xícara de chá lendo, ou ainda consultando enciclopédia que hoje
são ações apreciadas por poucos, tornou-se saudosismo.
Lecionando há 22 anos, estou repensando as minhas ações, sonhos e expectativas da minha profissão. Adequar a esta nova geração é interagir nas redes sociais, entender a linguagem, ideias e ideais desses jovens e contribuir com o meu melhor para eles. Lemos muito contos, crônicas, clássicos, artigos de opiniões, jornais. Conversamos, debatemos. Não é fácil, mas é a profissão que escolhi, que muitos(as) de nós escolhemos e ainda acreditamos.
IMPORTÂNCIA DA
FAMÍLIA
A leitura de um texto exige muito
mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores.
É uma complexa produção de sentidos.
É preciso estabelecer relação entre o conhecimento de mundo do leitor e as
informações contidas no texto (reconhecer as intenções do autor, do sentido das
palavras e a estrutura do texto). Dessa forma o leitor vai construindo o
sentido utilizando como estratégias a seleção, antecipação, inferência e a
verificação. Considerando esses fatores, implica uma pluralidade de sentidos em
relação a um mesmo texto.
Qual o motivo de ressaltar o que é sabido por todos? É que ao selecionar alguns
depoimentos de personalidades de diferentes áreas sobre o papel da leitura
e da escrita em suas vidas, fiquei curiosa e pesquisei sobre a vida deles.
Observei ainda, que tais escritores,
com publicações de livros, livre docência, doutorados nunca entraram numa sala
de aula, das primeiras séries iniciais até o ensino médio. Isso não desvaloriza
suas palavras, atitudes, seus méritos. Acredito apenas que a educação teria
outro rumo se houvesse mais pessoas com as experiências que temos (PEB I – PEB
II), ou se ouvissem nossas vozes, nossas ideias. Às vezes penso que as coisas
são impostas, posso estar errada!
Sequência Didática para desenvolver e ampliar a capacidade de leitura Público alvo: 8ª série/9º ano Texto: O Sonho dos Ratos – Rubem Alves
1º momento: Levantamento de hipóteses sobre o título. a) A partir do título como você imagina que será a história? 2º momento: Leitura do texto a) Leitura compartilhada; b) Leitura pelo professor com adequação à pontuação e entonação de voz 3º momento: Comentários sobre autor e gênero textual O professor deverá fazer um breve comentário falando sobre o autor e o gênero textual a ser estudado ( Quem é o autor? O que ele costuma escrever? O que é uma crônica? Onde circula esse tipo de texto?). 4º momento: Análise do texto Perguntar aos alunos: a) O que é sonhar? Qual era o sonho dos ratos? b) Os ratos se organizaram para chegar ao queijo, houve um planejamento? O que aconteceu quando chegaram? c) O rato representa quem? E o gato? d) O texto faz uma crítica. A quê/a quem? 5º momento: Contextualização com a realidade social/política Brasileira a) Dividir a sala em grupos; b) Distribuir jornais e revistas aos grupos; c) Solicitar que localizem textos (notícias/reportagens) que retratem a realidade do país em relação ao tema discutido; d) Apresentação dos grupos. 6º momento: Intertextualidade a) Fazer a intertextualidade com a música “Ideologia” (Cazuza) e o poema “Eu tenho um sonho” (Urjana Shrestha). b) Instigar os alunos a refletirem sobre outros textos (fábulas, poemas, filmes, músicas, etc.) que retratem o tema.Eu tenho um sonho Eu tenho um sonho lutar pelos direitos dos homens Eu tenho um sonho tornar nosso mundo verde e limpinho Eu tenho um sonho de boa educação para as crianças Eu tenho um sonho de voar livre como um passarinho Eu tenho um sonho ter amigos de todas raças Eu tenho um sonho que o mundo viva em paz e em parte alguma haja guerra Eu tenho um sonho Acabar com a pobreza na Terra Eu tenho um sonho Eu tenho um monte de sonhos... Quero que todos se realizem Mas como? Marchemos de mãos dadas e ombro a ombro Para que os sonhos de todos se realizem! SHRESTHA, Urjana.
Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2000. p.10.
Ideologia Cazuza
Meu partido É um coração partido E as ilusões Estão todas perdidas Os meus sonhos Foram todos vendidos Tão barato Que eu nem acredito Ah! eu nem acredito... Que aquele garoto Que ia mudar o mundo Mudar o mundo Frequenta agora As festas do "Grand Monde"... Meus heróis Morreram de overdose Meus inimigos Estão no poder Ideologia! Eu quero uma pra viver Ideologia! Eu quero uma pra viver... O meu prazer Agora é risco de vida Meu sex and drugs Não tem nenhum rock 'n' roll Eu vou pagar A conta do analista Pra nunca mais Ter que saber Quem eu sou Ah! saber quem eu sou.. Pois aquele garoto Que ia mudar o mundo Mudar o mundo Agora assiste a tudo Em cima do muro Em cima do muro... Meus heróis Morreram de overdose Meus inimigos Estão no poder Ideologia! Eu quero uma pra viver Ideologia! Pra viver... Pois aquele garoto Que ia mudar o mundo Mudar o mundo Agora assiste a tudo Em cima do muro Em cima do muro... Meus heróis Morreram de overdose Meus inimigos Estão no poder Ideologia! Eu quero uma pra viver Ideologia! Eu quero uma pra viver.. Ideologia! Pra viver Ideologia! Eu quero uma pra viver...
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Tema da aula: Drogas
Texto de base: A vida em Primeiro |Lugar - Drauzio Varella
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/saude/a-vida-em-primeiro-lugar. Acesso em 01/05/13
Texto base 2: SP: Governo anuncia internação compulsória de viciados em crack
Sugestão de atividade para 1º ano do EM
Após trabalhar a técnica de redação Artigo de Opinião ( marcas discursivas, estrutura, etc.), proponho a leitura da notícia e depois do artigo de opinião acima indicados, proponho um debate sobre o assunto e finalizo com a música. Após essas etapas proponho que os alunos produzam um artigo de opinião sobre o tema. Na minha turma, trarei uma notícia sobre o bolsa crack para que fique claro para os alunos que o gênero textual estudado nasce de uma notícia que causa polêmica, aí sim produzirão o texto.
Fica a sugestão de trabalho, já que enfrentamos o problema em nossas escolas.
Texto de base: A vida em Primeiro |Lugar - Drauzio Varella
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/saude/a-vida-em-primeiro-lugar. Acesso em 01/05/13
Texto base 2: SP: Governo anuncia internação compulsória de viciados em crack
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/sp-governo-anuncia-internacao-compulsoria-de-viciados-em-crack.html. Acesso em 01/05/2013.
Finalizo com a música O careta - Roberto Carlos, apresentada em slides
"http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/22914678"Sugestão de atividade para 1º ano do EM
Após trabalhar a técnica de redação Artigo de Opinião ( marcas discursivas, estrutura, etc.), proponho a leitura da notícia e depois do artigo de opinião acima indicados, proponho um debate sobre o assunto e finalizo com a música. Após essas etapas proponho que os alunos produzam um artigo de opinião sobre o tema. Na minha turma, trarei uma notícia sobre o bolsa crack para que fique claro para os alunos que o gênero textual estudado nasce de uma notícia que causa polêmica, aí sim produzirão o texto.
Fica a sugestão de trabalho, já que enfrentamos o problema em nossas escolas.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
"http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/22872821"
Sequência Didática - texto Avestruz - Mario Prata, desenvolvida nos encontros presenciais do curso Melhor Gestão.
Sequência Didática - texto Avestruz - Mario Prata, desenvolvida nos encontros presenciais do curso Melhor Gestão.
Pausa
Às sete horas o despertador tocou.
Samuel saltou da cama, correu para o banheiro. Fez a barba e lavou-se.
Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches,
quando a mulher apareceu, bocejando:
—Vais
sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a
cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas,
a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O
conjunto era uma máscara escura.
—Todos
os domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
—Temos
muito trabalho no escritório – disse o marido, secamente.
Ela olhou os
sanduíches:
—Por
que não vens almoçar?
—Já
te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a
axila esquerda. Antes que voltasse a carga, Samuel pegou o chapéu:
—Volto
de noite.
As ruas ainda estavam
úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao
longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro
numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou
apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo.
Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no
balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o
gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
—Ah!
Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
—Estou
com pressa, seu Raul – atalhou Samuel.
—
Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro
lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres
gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
—Aqui,
meu bem! – uma gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel
entrou no quarto e fechou a porta a chave. Era um aposento pequeno: uma cama de
casal, um guarda-roupa de pinho: a um canto, uma bacia cheia d’água, sobre um
tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de
viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e
examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os
sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro
sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá
embaixo, a cidade começava a move-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros
gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol
filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia;
sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por um índio montado o
cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas
do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às
duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama,
os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se
em sangue, molhando de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de
um vapor. Depois, silêncio.
Às sete horas o
despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, levou-se.
Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa
poltrona, o gerente lia uma revista.
—
Já vai, seu Isidoro?
—Já
– disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
—Até
domingo que vem, seu Isidoro – disse o gerente.
—Não
sei se virei – respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caia.
—O
senhor diz isto, mas volta sempre – observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo dos cais,
guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados
contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.
(in: Alfredo Bosi, org. O conto
brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1977. p. 275)
Frase do dia.
"Não existe o imperativo do verbo GOSTAR, pois ninguém pode pedir ou ordenar que você goste de algo: que goste de ler ou que goste de escrever..."
Texto: O Avestruz do autor Mario Prata
Avestruz
Mário Prata
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus
dez anos,
uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um
apartamento em
Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail
dizendo que a culpa era
minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa,
que o menino
conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação
deles. Aquilo
impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes
de avestruzes. E se
entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo
de ave. A
avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de
criar a avestruz,
deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros.
Deve ter criado
primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi.
Sabe quanto pesa
uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a
minha amiga. E a
altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais
exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um
pescoço que
não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia
mais ter estoque de
asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez
até sabiamente para evitar
que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais
aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou
apenas dois
dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou
um camelo.
Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que
via pela frente,
olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio
camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser
aquele pescoço fino em
forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos
proporcionais ao
seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me
explicava o criador que
elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente
até os quarenta,
entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma
avestruz com
TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao
garoto, filho da
minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda,
imaginando aquele bando de
avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de
avião, no domingo.
Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela
frente,
inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos
eletrônicos, por exemplo.
máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol
de botão e,
principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de
vez em quando cai
bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que
troca o avestruz
por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo.
Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2
Caderno aluno p. 9
Caderno do Professor p. 18
domingo, 9 de junho de 2013
Perfil da Tânia
Tânia Regina da Silva (cursista)
Mauá-Sp
RETRATO SINTÉTICO
Sou Tânia Regina, 49 anos, dois filhos maravilhosos
de 6 e 15 anos. Sempre procurei educar meus filhos para que crescessem pessoas felizes como pessoa e
profissionalmente, honestas e crentes em Deus. As pessoas importantes na minha
vida são os meus filhos e os meus pais, acima de tudo Deus.
Nos 22 anos de magistérios, nunca me arrependi de
ser professora, sempre deixei claro para os alunos que pelo simples fato de
serem meus alunos, já gosto demais deles. Isto não significa que não seja
enérgica. Procuro ensinar partindo das dificuldades que eles têm. Ao longo
desses anos adquiri uma habilidade de explicar o conteúdo, que ao término eles
entendem, faz significado para eles. Além de gostar da minha disciplina procuro
explicar com paixão. Não comento mais isso com colegas porque não acreditam,
acham que quero me aparecer. Trabalho com vários gêneros textuais, aulas
diferenciadas e tradicionais. Consigo agir assim mesmo com as dificuldades que
todos passam: alunos falantes e indisciplinados, etc. Também reclamo, mas não
me deixo abater pelo desânimo.
Outra coisa tenho observado a falta de tolerância e
aulas desmotivadoras e passei a ter pena dos alunos, pois já basta a situação
do meio social e familiar, a escola teria que ser um diferencial na vida deles.
Muitos autores até podem escrever sobre isso, mas só quem está inserido numa
situação dessas é que sabe. Acredito que o professor tem que ser bom
mesmo não sendo remunerado como merece ou ainda tendo a promoção automática a
favor do aluno.
Então resolvi fazer Pedagogia, este
curso e tantos outros que virão e colaborar para que esta realidade mude, mesmo
sabendo que não será fácil, pois os educadores, literalmente, estão
doentes.
Estou me sentindo cheia de energia, cheia do
espírito santo. Estou numa fase muito boa e quero degustar cada leitura, cada
“autor”.
Não te deixes
destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Cora Coralina (Outubro, 1981)
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Cora Coralina (Outubro, 1981)
Achei que esse poema
se encaixa perfeitamente nos assuntos tratados por nós, alunos do curso de
Língua de Portuguesa, afinal, como educadores que somos, devemos recriar nossa
vidas sempre, seja buscando aprender novas tecnologias, seja aprendendo com nossos
colegas, seja aprendendo até mesmo com nossos alunos!
Ah, que alegria
teremos se pudermos ser capazes de viver nos corações de nossos alunos e das futuras
gerações sedentas por aprendizagem...
Daniele P. Mazzini
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Minha experiência com a leitura e a escrita
Meu interesse pelos livros começou assim que aprendi a ler. Minha mãe,
para estimular comprou uma coleção de livros com vários contos de fadas. Li e
reli tantas vezes aqueles livros que nem saberia dizer o quanto. Em pouco tempo
eu já sabia todas as histórias e isso passou a me incomodar, como, naquela
época, não dava para minha mãe comprar livros novos sempre, começamos a criar
histórias oralmente, usando as mesmas personagens, os mesmos elementos, mas em
situações diferentes. É o que eu vejo hoje em contos que viraram filmes, como
Deu a louca na Chapeuzinho, Cinderela, etc. Quando li o depoimento do escritor Moacyr
Scliar dizendo "Todos os dias eu sento e escrevo, mas nunca
com o mesmo número de horas. Muita coisa eu jogo fora, pois acho que a cesta de
lixo é a grande amiga do escritor.”, lembrei-me desse exercício que fazia
com minha mãe. Embora fosse oralmente, por vezes começávamos uma história num
dia e no outro já não gostava mais, então "jogávamos fora" e começávamos tudo de
novo. Esse estímulo familiar foi fundamental para minha bagagem, seja na
leitura, seja na escrita.
Abraços,
Daniele P. Mazzini
Minha breve apresentação
DANIELE PEREIRA MAZZINI (Cursista)
Mauá-SP
Olá pessoal,
Mauá-SP
Olá pessoal,
Sou
mulher, mãe, educadora e nunca deixei de ser aluna, sempre aprendendo algo!
Leciono
há apenas 6 anos e atualmente estou só na rede estadual, pois recentemente
recebi a maior benção de Deus, que é a minha filha Marcella de 8 meses. Amo o
que faço e faço com amor!
Abraços,
Daniele
P. Mazzini
Maria Mendes Mendonça
(cursista)
Mauá - SP
Olá, sou Maria Mendes, nasci
em Minas Gerais, vim para São Paulo quando era adolescente. Aqui continuei meus
estudos, minha formação é em Letras. Gosto muito do que faço.
Meu filme preferido é o Resgate do Soldado
Ryan. E meu filho tem o nome de Ryan, não sei se foi consciente ou
inconsciente, por causa do filme, mas acho lindo esse nome, apesar de não falar
com pronúncia americana.
Livros: Entrega Especial recomeço da Danielle Steel. Adoro ler as crônicas de diversos autores e gosto muito de trabalhar texto que trata da crítica social. Nas horas vagas, que são raras, curto o meu filho que está com quase cinco anos.
Sugestão de leitura para nossos alunos
Olá,
Segue Lista de livros para os vestibulares FUVEST e UNICAMP.
Obras literárias que serão abordadas nos Vestibulares Fuvest/ Unicamp (2013, 2014 e 2015):
- Viagens na minha terra – Almeida Garrett;
- Til – José de Alencar;
- Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida;
- Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
- O cortiço - Aluísio Azevedo;
- A cidade e as serras - Eça de Queirós;
- Vidas secas - Graciliano Ramos;
- Capitães da areia – Jorge Amado;
- Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade.
Silvana Parada Souza (Cursista)
Mauá-SP
Mauá-SP
Olá,
Sou
professora da rede pública desde 1992, trabalhei também na rede particular no
ensino fundamental e médio. Atualmente trabalho na E.E. João Ricardo Borges de
Lima. Sempre participo dos cursos oferecidos pela SEE, pois para mim,
além da atualização profissional é um momento de compartilhar experiências.
Nas
horas raras de folga, gosto de realizar atividades que envolvam natureza:
parques, zoológico, praia... amo o cheiro do mar... o contato com animais e
plantas me deixa zero bala pra aguentar a agitada rotina da escola.
Espero
aprender bastante com meus colegas de turma e com os conteúdos deste curso.
Forte
abraço.
Prô
Silvana.
Newton Mesquita
Pintor
Da mesma forma como coloca sua alma nas imensas e maravilhosas telas que pinta, o arquiteto e artista plástico Newton Mesquita busca, na literatura, uma comunhão com o universo revelado pelo autor:
"Quando você vê um quadro e gosta muito, a sensação é a de que aquela imagem sempre esteve dentro de você. Com o texto é a mesma coisa: aquilo toca na sua essência e detona tantas ideias e fantasias que se torna parte de sua vida", explica.
A leitura e a música são fundamentais na vida desse prestigiado artista.
"Se eu pudesse ter mais duas profissões, gostaria de ser músico (já toquei piano em boates durante alguns anos) e de escrever muito bem, como o Rubem Fonseca".
Os livros me fascinam. Antigamente, quando eu era moleque, eles me pegavam pelas histórias, porque me davam a possibilidade de ir a outros países, conhecer outras civilizações, outras pessoas, ver como elas viveram, o que pensaram, descobriram e escreveram. Fui criado muito sozinho, e os livros eram meus companheiros. A leitura, nessa fase, é uma ginástica para a imaginação. Você fica imaginando os lugares, as situações, os personagens – alguns tornavam-se amigos íntimos meus. Meu filho se chama Pedro por causa do Pedrinho do Sítio do Pica-pau Amarelo.
Fonte: Depoimento feito ao site da Livraria Cultura em 2004.
Esse foi um dos depoimentos que mais gostei.
Nina Horta
Dona de bufê e autora de vários livros sobre culinária
A influência da leitura em minha vida? Foi até um exagero. Muitas vezes deixei de ver ou de viver coisas concretas porque estava lendo sobre elas. Mas é que ler me dá um prazer muito grande mesmo. Sou viciada em leitura, e isso já se tornou parte de mim. Na minha casa, não dá para andar de tanto livro. E quando viajo levo uma batelada comigo (escondido do meu marido). Acho que, hoje, os livros são minha única tentação em matéria de consumo. Se quero comprar algo, é livro. Não consigo nem imaginar como teria sido minha vida sem eles, pois é deles que vêm quase todas as minhas referências.
Fonte: Depoimento feito ao site da Livraria Cultura em 2004.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Viagens da Imaginação
Viagens da Imaginação
E por aí vai... Hoje, minha autora preferida é Marina Colasanti. Destaco Uma Ideia Toda Azul e A Amizade Abana o Rabo.
O primeiro livro que li foi O Gigante Preguiçoso, de Vírginia
Lefreve. Estava na 3ª série e foi um presente da professora por bom
rendimento. Ela presenteava os três melhores alunos com um kit dentro de um
saco plástico que vinha o livro, massa de modelar (luxo para a minha época e
condição), um caderno de desenho pequeno, uma caixa de lápis de cor pequena com
12 unidades, uma caixa de canetinha Sylvapen de 6 unidades (lembram?) .
Como era boa essa época. O livro tenho até
hoje e só quem passou por essa experiência sabe como é maravilhoso ter os
esforços recompensados. A história é um ensinamento: dois irmãos (um de cada
vez) saem em busca de aventura. O pai pergunta ao filho mais velho, no momento da partida, o que ele quer:
“muita benção e pouco dinheiro ou muito dinheiro e pouca benção”. Ele fica com
a segunda opção. Saí e chega a um reino perturbado por um gigante que só dorme
e não cuida nem da casa, nem da roça o que gera muitas pragas que destroem as
plantações do povo daquele reino. Preocupado, o rei promete a mão da filha em
casamento a quem conseguir dar um jeito no gigante. O filho mais velho, tenta,
mas não consegue porque o método usado é o de dar ordens e oferecer dinheiro. O
gigante ri, come o dinheiro e o expulsa de suas terras. Ao voltar para casa,
conta ao irmão a aventura e este resolve encarar. Já o filho mais novo, prefere muita benção
e pouco dinheiro, e com muita sabedoria faz apostas com o gigante, e na
brincadeira consegue fazer com que ele limpe toda a imundície e goste de viver na
limpeza. Ganha a mão da princesa, se casa e vivem felizes para sempre.
Depois foram os livros da coleção Vaga-Lume, gosto de
todos, mas o mais marcante foi A Ilha
Perdida, de Maria José Dupré.
Aí foi a vez dos clássicos da literatura em especial os
de José de Alencar e Machado de Assis. Desta fase, destaco o
que mais me identifico Dom Casmurro.
Na faculdade foi a vez de me deliciar com Os Sertões de Euclides da Cunha.
E por aí vai... Hoje, minha autora preferida é Marina Colasanti. Destaco Uma Ideia Toda Azul e A Amizade Abana o Rabo.
Yargo de Jacqueline
Susann
é uma graça de história pra quem é fascinado por histórias de disco-voador como
eu... Eu até já vi um... Conto a minha aventura com o disco-voador pros meus alunos, eles morrem de
rir, perguntam quantas eu tinha bebido... Nos divertimos muito.
E finalmente o que
não pode faltar, leitura para todas as horas e momentos... A Bíblia Sagrada.
Que nossos alunos possam viver essas e outras experiências de leitura.
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